Se as pessoas soubessem a importância do ferro na alimentação infantil, dariam caldinho de feijão para as crianças na mamadeira. E para os bebês, muito leite materno mesmo, pois o de vaca tem pouca quantidade deste mineral e é menos absorvido pelo organismo (mais um quesito a favor da amamentação exclusiva no peito até os 6 meses de vida). O ferro ajuda a manter o sistema imunológico em dia e promove a produção de hemoglobina no sangue (proteína fundamental que faz com que o oxigênio circule pelas células do corpo). Em outras palavras, negligenciou, fatigou.
A coisa toda começa ainda na barriga da mãe. A anemia ferropriva (como é chamada a ausência desse mineral) em grávidas aumenta o risco de parto prematuro, baixo peso do bebê ao nascer e, em casos mais graves, mortalidade infantil. E é mais comum do que se pensa: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 35% a 75% (56% em média) das grávidas em países em desenvolvimento e 18% das que vivem em países ricos são anêmicas. Muitas, inclusive, já estavam anêmicas antes de engravidarem (43% e 12% respectivamente).
Eu tive anemia no segundo trimestre da gestação. Na época eu trabalhava na TV Globo do Rio e cuidava de alguns projetos de internet da Globonews, que ficava no segundo andar. Era um sobe desce danado pelas escadarias. Um belo dia comecei a ficar sem fôlego, chegava no topo semimorta. Quanto mais eu praticava, menos resistência tinha. Chegou uma hora que meu desempenho degringolou de vez, precisava me escorar na parede e descansar. Meus pulmões simplesmente não absorviam o ar, andava com uma fadiga descomunal. Pensei: poxa, se estou assim neste início, imagina quando a barriga crescer! Fui à médica, bingo: precisei tomar suplemento de ferro. Estava anêmica.
Outros sintomas da doença são: falta de apetite, tonturas, sensação de desmaio, palidez nas mucosas (olhos esbranquiçados) e apatia. Seu filho anda fazendo corpo mole e desatento nas aulas? Pode não ser apenas malandragem. Observe o cardápio dele mais de perto. A alimentação na fase de crescimento requer especial atenção, a falta de ferro prejudica o desenvolvimento físico motor, psicológico, cognitivo e de linguagem. Desconfiou que o filhote está anêmico? Pediatra já! O diagnóstico será comprovado (ou não) através de um exame de sangue e o tratamento, se necessário, será feito via oral.
Anemia tem uma pegadinha. Você olha para a criança, ela está linda e rechonchuda. Parece saudável, não? Nem sempre. Ela pode estar gordinha e mal alimentada com excesso de doces e porcarias calóricas que aumentam o peso, mas não nutrem realmente. Invista em carnes vermelhas e frango, principais fontes de ferro, fígado de boi, gema de ovo, folhas verde escuras como agrião, espinafre, couve. E mais: farinha de peixe, pães integrais, grão-de-bico, frutas como morango, goiaba, laranja, manga, abacaxi, acerola. E não podemos esquecer do nosso brasileiríssimo feijão, claro.
Dica bacana: para deixar o feijão ainda mais “ferroso”, cozinho uma beterraba dentro da panela de pressão. Depois tiro, porque a Bia não gosta, mas além dos nutrientes benéficos, ela deixa uma linda cor rosada no caldo que minha filha ama de paixão. E para finalizar com chave de ouro a sessão “lamber os dedos”, como sobremesa aposte numa barrinha de chocolate amargo. Sim, para a alegria das crianças, o cacau é fonte de ferro. Para a alegria das mães também!
CONFIRA AS RECOMENDAÇÕES DE FERRO (mg/dia)*:
De 6 a 12 meses... 11mg
De 1 a 3 anos ........ 7mg
De 4 a 8 anos ...... 10mg
* Fonte: Guia descomplicado da alimentação infantil - Ed. Abril
Cientistas dizem ter descoberto origem do câncer de mama
Em sua essência, o câncer é uma célula entre milhões de outras que começa a funcionar mal. No caso do câncer de mama, na maioria das vezes essa célula maligna fica nos ductos que levam o leite da glândula mamária até o mamilo. Mas, por que ali e não em outra parte? O que há nesta região?
David Gilley, da Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana, nos Estados Unidos, e Connie Eaves, do Laboratório Terry Fox da Agência para o Câncer em Vancouver, no Canadá, ficaram perplexos ao descobrir a resposta.
Em seu estudo, publicado na revista especializada Stem Cell Reports, eles explicam como descobriram que todas as mulheres - propensas ou não a desenvolver câncer de mama - têm uma classe particular de células-mãe com telômeros (estruturas que formam as extremidades do cromossomo) extremamente curtos.
Os cientistas se deram conta de que estes cromossomos, com as extremidades tão pequenas, fazem com que as células fiquem mais propensas a sofrer mutações que podem desenvolver o câncer.
Diferentemente de muitos estudos sobre o câncer, a investigação se deu em mulheres normais que doaram seus tecidos após terem se submetido a uma operação de redução de seios por razões estéticas.
'O que procurávamos eram possíveis vulnerabilidades em células normais que fizeram com que se tornassem malignas', explicou Gilley à BBC Mundo.
Prevenção
Eles explicam que as células-mãe se dividem em células chamadas de diferenciadas ou finais, que, por sua vez formam o ducto mamário. E é nessas células em que se origina o câncer de mama, afirmam os especialistas.
Eles observaram que quando os telômeros dessas células finais perdem sua função - que é a de manter a estrutura do cromossomo, evitando que suas extremidades se juntem ou combinem com os outros - pode ocorrer é 'um verdadeiro caos' no ciclo celular que se segue.
Apesar de todas as mulheres terem células com telômeros bem curtos, nem todas desenvolvem câncer de mama. Em alguns casos, porém, a multiplicação dessas células pode funcionar mal e produzir uma célula maligna, explica Gilley.
Para os especialistas, o estudo lhes permite entender o que está por trás do início do câncer de mama e estabelecer marcadores que sirvam de parâmetros para exames a partir de amostras de tecidos e sangue, e poder monitorar todas as mulheres, especialmente as que têm alto risco de desenvolver o câncer.
O que tentamos fazer foi olhar o câncer de uma forma distinta, nos focando em como começa', explica Gilley.
'Porque uma vez que o tumor se desenvolve, particulramente em alguns tipos de câncer de mama, não há muito o que se pode fazer'.
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Bronzeamento artificial, fumar e não comer frutas pode envelhecer a pele em dez anos
Viver um estilo de vida pouco saudável pode acelerar o envelhecimento da pele de uma mulher em dez anos. É o que afirma um estudo realizado pela marca britânica de cosméticos Simple skincare, focada em produtos para peles sensíveis e no mercado desde 1960. Os resultados foram divulgados dia 04 de junho na publicação científica Plos One.
O trabalho fez a revisão dos resultados das pesquisas feitas com um total de 585 mulheres de três países avaliadas durante oito anos. As participantes tinham diferentes faixas etárias, que iam dos 25 aos 75 anos. Os locais de estudo, com condições controladas de laboratório foram estabelecidos em Bedford, no Reino Unido, em Madrid, na Espanha, e Xangai, na China. As participantes responderam questionários sobre estilo de vida, incluindo perguntas sobre a quantidade de vezes que se bronzeavam e se elas eram fumantes ou não. Outras questões incluíam o número de vezes que ela usava produtos hidratantes, quantas vezes por dia elas comiam frutas e vegetais e seus hábitos de higiene pessoal, como a quantidade de vezes que elas escovavam os dentes.
A equipe de cientistas também fez fotos digitais das mulheres durante o período avaliado, para identificar a idade percebida e se elas pareciam mais jovens ou mais velhas do que suas idades reais. Analisando os resultados, os estudiosos descobriram que bronzeamento artificial,cigarro e uma dieta pobre em frutas envelheciam a pele de uma mulher em até 10,4 anos ? independente do uso de produtos cosméticos.
Os cientistas concluíram que o estilo de vida de uma pessoa interfere em 33% na aparência de sua pele, enquanto a genética interfere cerca de 50%. De acordo com os pesquisadores, uma boa saúde da pele vai além do uso de cremes e loções ? leva em conta o modo como vivemos nossas vidas e como nós cuidamos do corpo.
Abandone 10 hábitos que envelhecem a sua pele
Com o passar do tempo, linhas de expressão, flacidez, rugas e falta de luminosidade passam a incomodar. Mas nem adianta gastar dinheiro no mais revolucionário dos tratamentos estéticos ou no creme mais caro do mercado. Tudo isso perde força se você abre espaço para verdadeiros inimigos da saúde da sua pele. Cigarro, estresse e açúcar demais são alguns deles. A seguir, você confere quais são os outros maus hábitos que favorecem o envelhecimento precoce. Fique longe deles e rejuvenesça.
1.Tabagismo. Cada cigarro diminui a oxigenação da pele por 90 minutos! Imagine quem fuma mais do que um por dia. Resultado: a pele fica grossa e amarelada, por causa da nicotina, sem viço e opaca. Além de todos os problemas que causa à saúde, o cigarro também provoca distúrbios no metabolismo e acelera a perda de colágeno, células responsáveis por dar sustentação e elasticidade à pele, favorecendo a flacidez. "O ato de fumar provoca rugas ao redor dos lábios e ao redor dos olhos, já que o fumante fecha os olhos parcialmente para proteger os olhos da fumaça", explica a dermatologista Daniela Taniguchi.
2.Estresse. O estresse emocional altera nossos hormônios, aumentando a liberação de corticoide endógeno e adrenalina, por exemplo. "Isso pode deixar a pele mais oleosa e acneica. O estresse também diminui nossas defesas, e a pele fica mais predisposta à doenças e infecções", diz a dermatologista Daniela Taniguchi. As mais comuns são herpes, alergias, erupção cutânea, psoríase e até vitiligo.
3.Ignorar a poluição. "Os gases nocivos encontrados no ar poluído formam uma película de toxinas que acaba sendo absorvida pela pele, aumentando as reações de oxidação e formação de radicais livres que agridem a pele", explica a dermatologista Paula Cabral. A oxidação é um processo natural que acontece no organismo, mas que envelhece as células. O excesso de poluição oxida as células tanto da pele como do organismo todo. Por isso, para evitar essa reação, é importante proteger a pele diariamente, aplicando protetor solar, hidratante e fazendo a higienização para eliminar as impurezas.
4.Beber pouca água. Um dos primeiros sinais da falta de água (desidratação) se dá na pele e nas mucosas. "Entre as células, temos um líquido intersticial que ajuda na sustentação da pele, entre outras funções. A falta de ingestão de água deixa a pele flácida e sem viço", explica a dermatologista Daniela Taniguchi. A pele perde o turgor, demorando para voltar ao seu estado natural, quando sofre uma distorção. Por exemplo, quando beliscamos a pele, ela logo deve voltar ao seu estado normal ao soltarmos. Se isso demora para acontecer, é sinal de que está desidratada e flácida. Além de deixar a pele hidratada e firme, beber água também favorece a excreção de toxinas, substâncias que prejudicam a pele. O recomendado é consumir pelo menos dois litros de água por dia.
5.Não usar protetor solar. O excesso de exposição solar, e principalmente a falta de proteção solar, é a principal causadora do envelhecimento da pele e de câncer de pele. Para se ter uma ideia, a radiação solar é responsável por 80% do envelhecimento da pele exposta, principalmente nas peles mais brancas, que sofrem este processo precocemente. "A radiação solar é um potente oxidante celular. A radiação penetra na pele e provoca alterações diretamente no DNA das células e, indiretamente, provoca reações químicas que alteram o DNA e as fibras colágenas e elásticas", explica a dermatologista Daniela Taniguchi. De acordo com a especialista, apesar de o nosso organismo ter mecanismos de defesa e ação antioxidante, nem sempre isso é o suficiente para evitar essas reações. O resultado é o que chamamos de fotoenvelhecimento. Aparecem então, manchas, sardas, flacidez, pele áspera, aumento das rugas e, em alguns casos, câncer de pele. O FPS, para o dia a dia, nunca deve ser menor que 30 para rosto, colo, pescoço e mãos (regiões da pele mais sensível) e 15 para o restante do corpo.
6.Consumo de açúcares e gordura. Em excesso, o açúcar é responsável por outro processo de envelhecimento celular chamado "glicação". "O açúcar se liga às proteínas da pele, como o colágeno, provocando a rigidez destas proteínas. Assim ela perde a função de elasticidade, deixando a pele flácida e com rugas", explica a dermatologista Daniela Taniguchi. Já a gordura em excesso fica acumulada no tecido subcutâneo de forma irregular, provocando gordura localizada e celulite.
7.Falta de alimentação equilibrada, ricas em antioxidantes. "Uma dieta equilibrada, rica em vegetais, incluindo frutas diversas, leguminosas, cereais e hortaliças é a melhor proteção contra os radicais livres, inimigos da pele", explica a nutricionista Daniela Cyrulin. As substâncias ativas encontradas nestes alimentos são excelentes antioxidantes que neutralizam a ação destes radicais. Priorize alimentos ricos em: Vitamina C (laranja, limão, lima, acerola, caju, kiwi, morango, couve, brócolis, tomate), vitamina E (amêndoas, nozes, castanha do Pará, gema de ovo, vegetais folhosos), vitamina A (cenoura, abóbora, fígado, batata doce, damasco seco, brócolis, melão), bioflavonoides (frutas cítricas, uvas escuras ou vermelhas), entre outros nutrientes encontrados em alimentos frescos.
8. Dormir mal. Sem sono adequado não existe reparo. Durante o sono, produzimos hormônios "rejuvenescedores", como a melatonina e o hormônio do crescimento. Estes hormônios são "calmantes" e reparadores. A falta de sono provoca estresse e não dá tempo para o organismo descansar. Resultado: pele sem viço e com olheiras.
9. Sedentarismo. A prática de atividades físicas traz muitos benefícios para o corpo e para a pele. Melhora a circulação sanguínea da pele, melhora o metabolismo do organismo (evitando o processo de glicação), combate o estresse e melhora a qualidade do sono. Além disso, combate a flacidez, a celulite e a gordura localizada.
10. Dispensar o hidratante. É necessário ter cuidados para proteger a pele das agressões externas, como o vento, o frio, a poluição e os raios solares. Um rosto bem hidratado apresenta uma boa elasticidade, já uma pele desidratada costuma apresentar mais flacidez e rugas. "O ressecamento pode ainda trazer consequências como dermatite e descamação", diz a dermatologista Paula Cabral. Com o envelhecimento, as glândulas sebáceas diminuem em número e tamanho, deixando a pele mais ressecada. "O ressecamento superficial da pele causa alergias e coceira, diminui a elasticidade da pele e agrava as rugas. Portanto, além de beber líquidos, a pele terá benefícios extras se for hidratada com cremes e loções", explica a dermatologista Daniela Taniguchi.
POR MINHA VIDA - PUBLICADO EM 05/06/2013